quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Sete sinais de que o caminhão apresenta problemas mecânicos


Não importa a marca e o modelo, nem mesmo o ano: em algum momento, o caminhão começará a dar sinais de que necessita de manutenção. Mesmo com cuidados permanentes e um bom olho para mexer com mecânica, há reparos que o motorista não é capaz de fazer, mas deve estar atento para o momento correto de procurar ajuda profissional. Veja algumas dicas para saber se você precisa usar este recurso:

Fumaças estranhas
Muitas vezes fica complicado para o motorista visualizar a coloração da fumaça de escape do veículo. Por isso, é importante, quando parado em um posto, uma garagem ou um estacionamento, observar a coloração e o aspecto do que está saindo. "A fumaça pode estar branca, cinza azulado ou muito escura, o que indica que há algo de errado com o motor. Pode ser condição térmica não adequada, problemas de excesso de entrada de óleo e com o catalizador, por exemplo", explica Renato Rossato, coordenador e instrutor do Centronor.

Limagem no óleo
Durante uma troca de óleo, ao escoar o líquido usado, é fundamental observar características como coloração e aspecto. Como vários componentes do motor possuem imãs, se houver problemas de atrito irregular com algum deles, haverá resíduos metálicos no óleo. "Os imãs vão capturando os resíduos que acabam em suspensão no óleo lubrificante. Se for verificado esse estado de limagem, é preciso investigar, pois há problema em algo", afirma Rossato.

Desgaste irregular dos pneus
Um problema clássico e mais conhecido pelos motoristas. Observar o desgaste dos pneus é uma obrigação, pois indica diversos possíveis problemas, como distribuição irregular de peso, desalinhamento das rodas, entre outros. "O desgaste irregular indica que é preciso algum tipo de alinhamento, balanceamento de rodas, geometria ou uma investigação mais precisa para identificar porque não está havendo o contato correto com o solo", diz o especialista.

Perda de força
Quando o caminhão perde força, está sofrendo para subir alguma serra que costumava trafegar com tranquilidade, por exemplo, pisar mais é um erro. Busque um mecânico para identificar esse problema, já que ele não aparece sem motivos. "Este é um exemplo claro de que algo não está adequado. Podem ser muitos fatores, como filtros de ar obstruídos, problemas nas unidades injetoras, no módulo de injeção e no controle de saída de ar ou até uma mangueira do intercooler pode estar com defeito", conta Rossato.

Ruídos na transmissão
Se ao trocar as marchas elas não estão encaixando direito ou há um ruído estranho, não force mais, investigue. "Podem ser defeitos no sincronizador, no sistema de embreagem, no trambulador – sistema que faz a comunicação entre a alavanca e a caixa – ou nos anéis sincronizadores", alerta Rossato.

Amortecedores não seguram
Observe o funcionamento dos amortecedores ao passar em uma lombada. A função do amortecedor é segurar a suspensão quando ela é jogada para cima, e o feixe de mola reduz os impactos de cima para baixo. "Se o caminhão ficar 'picando' – balançando para cima e para baixo –, com certeza é problema nos amortecedores", afirma o instrutor. Esse problema também tende a desgastar os pneus em pontos alternados e pode indicar perda do líquido hidráulico, por exemplo.

Freios com ruído ou perda de capacidade
Outro clássico. Se ao frear em um declive acentuado, ou mesmo numa reta, houver ruídos, fique alerta: há problemas no sistema de frenagem e sua vida, inclusive, pode estar em risco. Procure um mecânico para fazer uma investigação. "Isso indica que a lona de freio está no limite, pode ser por pastilhas gastas, problemas de rachaduras no tambor ou até quebra, folga nos braços de acionamento do freio e catracas desreguladas", ressalta Rossato.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Planeje-se antes de pegar a estrada


Há poucos dias do feriado do dia 2 de novembro, quem é acostumado a percorrer as estradas brasileiras já espera o aumento de carros de passeio nas rodovias. Além de redobrar a atenção à sinalização, os motoristas devem estar em dia com a manutenção do seu veículo e, principalmente, planejar a sua viagem. Reunimos algumas dicas para garantir tranquilidade e segurança:

Trace a rota com antecedência

Dê preferência a locais conhecidos e seguros para as paradas, por rodovias com estrutura de atendimento, como telefone, resgate, postos de serviços e iluminação

Manutenção em dia

Verifique os sistemas de freio, o sistema elétrico, de ar, pressão dos pneus. Faça uma check-list para garantir a revisão do seu veículo

Documentos em mãos

Confira se os documentos pessoais, do veículo e da carga estão em ordem. Mantenha sempre com você e evite deixá-los no veículo durante as paradas

Carga correta

Verifique se a carga a ser transportada está de maneira correta. Por exemplo, se está na altura adequada e amarrada corretamente, seja com cordas, lonas, lacre etc.

É bom lembrar que as estradas estarão mais cheias neste final de semana, por isso respeite o limite de velocidade, a sinalização e o fluxo de carros. Sua segurança deve vir em primeiro lugar.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Preparar refeições na estrada pode ser melhor e mais barato


A lenda existe: restaurante de beira de estrada com caminhão estacionado é garantia de comida boa. Mas há muitos motoristas que preferem se arriscar nas panelas e preparar a própria boia na caixa de comida, adaptada na lateral da carroceria. A escolha não envolve apenas o sabor, mas a garantia de procedência, além da chance de economizar uns trocados no final do mês.
Diante de fretes cada vez menos rentáveis, qualquer forma de reduzir gastos é válida, principalmente para os autônomos. Estes, donos do próprio caminhão, têm a alternativa de investir ainda em uma caixa refrigerada, onde podem manter os alimentos de maneira segura. Não é uma compra barata, mas a economia com refeições a longo prazo pode compensar.
Para um profissional viajante, a comida também acaba se tornando um valor cultural capaz de promover intercâmbios com colegas de outras regiões do País, escolados em novos temperos e truques. “Principalmente nas famigeradas filas de descarga, juntam oito, dez motoristas e cada um traz uma coisa, têm sua particularidade para cozinhar. Quando a espera se estende por mais de um dia, todos acabam comendo vários tipos diferentes de comida”, conta o presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), Claudinei Pelegrini.
A opção por cozinhar a própria refeição tem crescido, aponta Pelegrini. Ele revela que há alguns anos o costume era mais utilizado em casos de emergência, em algumas regiões inóspitas do Brasil, onde é difícil encontrar restaurantes. “Devido aos baixos valores dos fretes e a qualidade ruim dos restaurantes, o caminhoneiro se obriga a economizar”, diz. Ele conta que as paradas noturnas, com mais calma, também servem para encontrar parceiros para dividir o preparo, bater um papo, trocar as histórias do dia e descontrair antes do banho e do sono.
O clássico arroz carreteiro, prato tradicionalmente gaúcho, não foi batizado desta forma à toa. Reza a lenda que a história do prato iniciou com os transportadores de carga e suas carretas ainda puxadas por bois, que, sem possibilidade de arrumar alimentos frescos, preparavam uma mistura de charque com arroz. A receita ainda está entre as mais tradicionais dos caminhoneiros pelo mesmo motivo: a falta de refrigeração.
Para quem não tem a geladeira na caixa de comida, é importante tomar cuidado com a conservação dos alimentos. Nutricionista e professora de boas práticas no curso de gastronomia do Senac-RS, Cleonice Dias explica que após uma refeição, em caso de falta de refrigeração, o recomendado é descartar a comida. “Qualquer alimento fora de resfriamento adequado por mais de quatro horas está suscetível ao desenvolvimento de bactérias que podem causar doenças”, explica Cleonice. Ela também recomenda uma alimentação leve e saudável para enfrentar a rotina da direção.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

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Rodas de Alumínio diminuem emissões


Estudo realizado pela PE International, consultoria especializada em estudos e pesquisa sobre sustentabilidade, apontou que o uso de rodas de alumínio em caminhões reduz a emissão de carbono ao meio ambiente. Um dos quesitos levados em consideração foi a vida útil da peça.

A pesquisa aponta que para cada 18 rodas de alumínio produzidas nos Estados Unidos, 16,3 toneladas a menos de carbono são emitidas na atmosfera. Na Europa, 12 rodas com o material eliminam 13,3 toneladas de carbono. O estudo indica que a liga de alumínio também reduz o consumo. Nos veículos inspecionados nos Estados Unidos, a economia de combustível chegou a 520 galões. Na Europa, a redução chegou a atingir a marca dos 1,9 mil litros.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Viagens internacionais exigem documentação especial


Carteira de Identidade e Carteira Nacional de Habilitação são alguns dos documentos imprescindíveis para o motorista de caminhão atravessar a fronteira transportando cargas. Porém, diversos certificados e licenças são necessários. Gladys Vince, coordenadora de assuntos internacionais da Associação Brasileira de Transportadores Internacionais (ABTI), lembra que os documentos devem estar em perfeito estado de conservação.

A documentação exigida pode ser dividida em três tipos: pessoais, do veículo e da carga. Entre os pessoais, além dos já citados, é preciso levar a autorização para dirigir o veículo ou a Carteira de Trabalho, quando o caminhoneiro não é o proprietário. Os documentos do veículo são o Certificado de Registro e Licenciamento de Veículos (CRLV), que permite o livre tráfego do caminhão; o Certificado de Inspeção Técnica Veicular (CITV), comprovando que o veículo passou pelo controle técnico, em que são avaliadas a capacidade de freio e de carga e o posicionamento das luzes, entre outros; o Certificado do Seguro de Responsabilidade Civil do Transportador Rodoviário em Viagem Internacional (RCTR-VI), para terceiros não transportados; além da Licença Originária e da Licença Complementar do país de destino, uma permissão complementar da habilitação.

Os documentos relativos à carga são a Nota Fiscal ou o Documento Auxiliar de Nota Fiscal Eletrônica (Danfe); o Conhecimento Rodoviário de Transporte (CRT); o Certificado de Seguro de RCTR-VI de danos à carga; o Manifesto Internacional de Carga/Despacho de Trânsito Aduaneiro (MIC/DTA). De acordo com Gladys, todos a documentação é de porte obrigatório no território do Mercosul.

Existem alguns documentos específicos que são exigidos conforme o tipo de carga transportada. "Por exemplo, em cargas perigosas é necessário possuir uma ficha que contém dados do tipo de carga em casos de emergência. Ou uma autorização especial quando a carga tenha algum tipo de excedente nas suas dimensões", diz a coordenadora de assuntos internacionais da ABTI.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

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Novo modelo para rodovias e ferrovias promete facilitar renovação da frota

O Programa de Investimentos em Logística para Rodovias e Ferrovias corrigirá distorções no transporte de cargas no País, entre elas a baixa profissionalização dos caminhoneiros e a subutilização e precariedade da malha ferroviária, disse nesta quinta-feira o presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo. Ele falou durante o Colóquio Infraestrutura para o Desenvolvimento, organizado pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), órgão de assessoramento da Presidência da República.
O presidente da EPL destacou que 70% do transporte de carga rodoviária no Brasil é feito por autônomos ou empresas com até quatro veículos. Segundo ele, o baixo nível de profissionalização e a remuneração deficiente não permitem que se melhore a frota de caminhões. “A idade média da frota de caminhões é 18 anos. Nossas mercadorias são transportados por veículos de 25, 30 anos. Esse é um quadro preocupante”, disse.
Figueiredo ressaltou que as linhas de crédito oferecidas nos últimos anos para estimular a aquisição de novos veículos não funcionaram como previsto. “A gente percebe que só as grandes empresas se interessaram. O trabalhador autônomo ficou de fora, pois ele trabalha na informalidade. (O autônomo) não é personalidade econômica que possa acessar uma linha de crédito”.
O Programa de Investimentos para Rodovias e Ferrovias corrigirá a situação, ao ofertar um crédito apropriado ao perfil dos caminhoneiros autônomos, disse o presidente da EPL. “O governo está criando uma linha de financiamento em condições absolutamente adequadas, com prazo grande de carência e amortização e taxas de juros muito baratas”, garantiu.
Figueiredo afirmou também que o investimento na malha ferroviária do Brasil, por meio de parceria público-privada, mudará a configuração do transporte de carga. Atualmente, 90% da movimentação de mercadorias no País são feitas via malha rodoviária. O motivo, segundo o presidente da EPL, é a precariedade das ferrovias.
“Temos infraestrutura construída há mais de 100 anos. O nível de serviço, tirando nichos modernos como Carajás e Vitória-Minas, é de baixo padrão. Os preços são formados em uma relação de cliente dependente de serviço monopolista”, declarou. Segundo ele, o novo modelo condicionará a concessão das ferrovias à modernização e criará um ambiente de competitividade. “(O modelo) vai gerar ganhos tarifários porque o preço será formado em ambiente competitivo”, declarou.
Lançado pela presidente Dilma Rousseff em 15 de agosto, o Programa de Investimentos em Logística para Rodovias e Ferrovias prevê aporte de R$ 133 bilhões em 25 anos. No total, serão concedidos 7,5 mil km de rodovias e 10 mil km de ferrovias. Os investimentos, nos próximos 25 anos, somarão R$ 133 bilhões, sendo que R$ 79,5 bilhões nos primeiros cinco anos. Nas rodovias serão aplicados R$ 42 bilhões e nas ferrovias R$ 91 bilhões.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Dicas sobre Cabos de Aço


Os cabos de aço para amarração são utilizados em catracas fixas ou em combinação com cintas ou correntes de amarração.

Dicas para usar:
- Utilize somente quando em bom estado e inspecionados
- Não aplicar nós nos cabos
- Não utilize os cabos em cantos vivos
- O uso de laços de cabos de aço com clipes não é recomendado para utilização em amarração de cargas, pois podem escorregar

Quando deixar de usar:
- Se as presilhas ou olhais estiverem danificados
- Com redução do diâmetro, ruptura de arames e amassamentos
- Nos casos de corrosão do cabo e seus acessórios.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Dicas sobre Correntes


Devem ser produzidas com aço de alta resistência (grau 80 no mínimo). Na amarração são tensionadas por meio de alavancas ou catracas apropriadas.

Dicas para usar:
- Utilize somente correntes em bom estado e inspecionadas
- Não dar nós nas correntes
- Não utilize as correntes em cantos vivos

Quando deixar de usar:
- Com amassamentos, deformações, corrosão intensa.

Fonte: http://www.transaltransportes.com.br/

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Dicas sobre as Cintas Têxtis


São fios trançados de tecido plano que trabalham em conjunto com catracas e os terminais conectados na carroceria do caminhão. Em geral, são fabricados com material sintético, de preferência o poliéster, que apresenta boa resistência ao atrito e baixo alongamento - isto é, estica pouco.

Existem cintas de diversas larguras - de 25 a 100 milímetros – usadas de acordo com o peso da carga. Para caminhões, as mais comuns são as cintas de 50 milímetros, para capacidades de carga entre 2 e 2,5 toneladas; e as de 100 milímetros, para cargas superiores a 5 toneladas. Por medida de segurança, nunca se deve ultrapassar o limite estabelecido para cada tipo de cinta.

Dicas para usar:
- Utilize somente cintas sem danos
- Não aplique nós às cintas de amarração
- Não utilize cintas de amarração em aplicações de elevação de cargas

Quando deixar de usar:
- Com danos causados por produtos químicos
- Com perfurações, desfiamentos e deformações

Fonte: http://www.transaltransportes.com.br/

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

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Amarração de Carga que percorre longas distâncias



A amarração de cargas é praticada todos os dias por milhares de motoristas e com certeza você, caminhoneiro, sabe que é muito arriscado seguir viagem se a sua carga não estiver bem amarrada – o risco de perdê-la é grande, além de gerar lentidão em suas viagens e insegurança a outros veículos nas estradas.

É claro que a amarração mal feita não é o único causador de acidentes nas rodovias, mas a falta de normas técnicas e procedimentos para amarração e consolidação da carga contribuem para aumentar esses tristes números. É comum vermos muitas cordas em ação, cabos de aço, em alguns casos de máquinas pesadas o uso de correntes de aço e, mais recentemente, o uso de cintas de amarração com catraca. Mas lembre-se: não basta a utilização dos melhores equipamentos se não forem conectados de forma segura na carga e no veículo de transporte!

Para melhor compreendermos a sistemática dos acidentes de transporte e a solução de contenção da carga, temos que levar em conta: forças físicas, estruturas veiculares, correta distribuição da carga, equipamentos de amarração (cabos de aço, cintas têxteis, correntes e cordas) e pontos de conexão na carroceria.

Quando estamos no interior do caminhão em movimento, ao frear, arrancar ou fazer curvas, por exemplo, forças invisíveis atuam em nossos corpos e em tudo que estiver no veículo de transporte, inclusive a carga. Dessa forma é possível calcular a resistência dos equipamentos utilizados, além de algumas características adicionais como a força de pré-tensionamento.

Bem amarrado

A resistência dos equipamentos de amarração é importante, mas o que mais conta é a força aplicada e a manutenção desta força durante o transporte. É comum vermos caminhões rodando nas estradas com cintas e cordas afrouxadas, o que significa que a carga está totalmente solta e se uma situação emergencial de frenagem ocorrer, a carga iniciará o deslocamento contra a cabine, muitas vezes perfurando-a, danificando-a e, em alguns casos, causando ferimentos e até a morte dos integrantes.

Se os pontos de amarração no veículo não tiverem resistência suficiente, estes podem romper ou entortar causando também acidentes. Notem que é um conjunto de fatores que manterão a segurança do sistema e o motorista deverá ter total controle sobre os mesmos.

Amarração de Carga 2

Equipamentos certos e em dia: Como escolher os dispositivos adequados e saber se eles estão em boas condições após um tempo de uso.

Mesmo quando um profissional dispõe dos melhores dispositivos e conhecimento técnico para a amarração, seu trabalho não será eficiente se não souber fazer a escolha certa dos equipamentos e, também, se não verificar se eles continuam em boas condições após o uso prolongado. É comum encontrarmos cabos de aço, cordas e cintas têxteis, muitos deles de acordo com os padrões exigidos, sendo utilizados sem critérios técnicos e de forma perigosa, aumentando os riscos de acidentes. Apresentamos algumas indicações de como escolher e os principais pontos que devem ser verificados para descobrir se os equipamentos continuam em bom estado.

Ao comprar os equipamentos

Todos os equipamentos utilizados em amarração de carga devem trazer identificação permanente e visível com algumas informações:

- Nome do fabricante
- Carga máxima de trabalho em traçãodireta
- Comprimento
- Data de fabricação
- Número da norma brasileira (NBR)
- Código de rastreabilidade

Fonte: http://www.transaltransportes.com.br/

terça-feira, 16 de outubro de 2012

De malas prontas: dicas sobre o que levar durante a viagem

Transitar do norte ao sul do País em questão de dias não é tarefa fácil. Com os distintos climas das regiões brasileiras, os caminhoneiros precisam estar sempre atentos ao que carregar em sua bagagem. "Somos como camaleões, vamos nos adaptando conforme o clima onde estamos", conta o motorista e diretor financeiro do Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários de Carga Líquida do Estado do Paraná (Sintracarp), Evaldo Baron.
O caminhoneiro conta que, geralmente, as mudas de roupa condizem aos dias de viagem. Uma muda composta por camiseta de algodão, calça ou bermuda, uma cueca e um par de meias para cada dia sob a direção. Mais precavidos, alguns não abrem mão de levar uma muda a mais, caso haja algum imprevisto. Um deles é Bernabé Rodrigues Gastão, caminhoneiro e diretor do Sindicato dos Transportadores Rodoviários Anônimos de Bens de São Paulo (Sindicam-SP). "Mesmo querendo chegar logo, é bom que o caminhoneiro esteja sempre preparado para imprevistos", afirma.
Dois cuidados são essenciais na hora de escolha dos tecido para vestir durante o itinerário: leveza e conforto. Muitos optam por bermuda em vez de calça jeans, pois facilita os movimentos e deixa as pernas mais livres na troca de marchas. Nos pés, há muitas opções. Alguns preferem conduzir descalços, ou com sandálias para locais com temperaturas mais elevadas, ou ainda com tênis ou botina, quando a viagem é para o sul do País, região que também pede um bom agasalho a bordo. "Muitos preferem dirigir com os pés livres e calçam chinelos de dedos para descer do veículo, nas paradas", afirma Baron.
O "efeito cebola", assim intitulado pelas camadas de roupa sob roupa, é algo comum em viagens de um estado, com climas diferentes. Ao longo da viagem, vão retirando casacos e coletes para ficar mais à vontade com a elevação da temperatura. Se existe um estilo próprio de se vestir dos caminhoneiros? Gastão acredita que não: "Cada um viaja conforme prefere e se organiza como acha melhor. Os autônomos da profissão quase sempre estão ligados a uma transportadora e, nesse caso, precisam usar o calça e camiseta de uniforme da empresa."
Quando a viagem dura mais de três ou quatro dias, alguns motoristas optam por lavar a roupa íntima no banho. Nos locais de parada, geralmente há chuveiros disponíveis por R$ 5 a R$ 7, que os trabalhadores costumam utilizar. Depois de lavadas, a secagem é feita durante o trajeto, dentro do veículo, com as peças presas nas janelas, onde geralmente pegam sol, ou na parte dianteira. Ou deixam a lavagem para a volta.
Boné e óculos de sol são itens úteis ao entardecer, quando o sol precisa ser encarado de frente. O uso do filtro solar, recomendado para quem passa boa parte do dia sob exposição dos raios solares, é uma prática que muitos abdicam. Por preguiça, por não gostar do produto ou, simplesmente, por esquecimento, aponta Gastão. "Sabemos que é essencial para a saúde da pele, mas a maioria não usa. Alguns por não ter o hábito, outros por não gostar da textura do produtos", diz. Uma nécessaire com remédios para eventuais dores de cabeça ou mal estar a mão é importante, por isso os caminhoneiros não as retiram de suas mochilas.
O que levar na bagagem
Uma muda de roupas completa para cada dia da viagem (uma camiseta, uma bermuda ou calça, um par de meias e uma cueca)
Um casaco leve (para a região sudeste) ou um casaco de tecido mais grosso (quando o destino for o sul do país)
Uma nécessaire com remédios que possam ser necessários durante a viagem (para dor de cabeça, no corpo, gripe e resfriado, mal estar estomacal)
Uma bagagem de mão com produtos de higiene (shampoo, sabonete, creme de barbear, lâminas, desodorante, filtro solar, escova de dentes, pasta de dentes, fio dental e talco, por exemplo)

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Como espantar o stress


Se é impossível fugir do congestionamento, evite pelo menos uma de suas piores conseqüências: o stress, que pode ser identificado tanto pela irritabilidade do motorista quanto pelas dores na região cervical, próxima do pescoço.
A tensão provocada pelo trânsito acaba se concentrando nessa área do corpo, que contém as emoções, podendo irradiar-se para as pernas.
Para espantar o stress, recomenda-se fazer exercícios simples para fazer no meio de um engarrafamento. 

Tipos de exercícios

1 - Com os braços esticados até o volante, faça movimentos giratórios, trabalhando a articulação de pulsos e ombros.
2 - Apóie as mãos nos ombros, alternadamente, para compensar a tração que os braços provocam na região do pescoço.
3 - Movimente o pescoço, lentamente, em todas as direcões: para cima, para baixo e para os lados. 
4 - Coloque os braços dobrados por trás do pescoço; primeiro um de cada vez, depois os dois ao mesmo tempo.
5 - Para evitar o sono, pressione a palma da mão no teto: o braço desabará assim que o sono vier, despertando-o.
6 - Antes de sair do carro, faça um alongamento, soltando as pernas e esticando os braços para frente e para trás.

Fonte: http://www.transaltransportes.com.br/

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Redução dos juros aquece setor de bens de capital

Depois de uma retração nas vendas no início do ano, a indústria de bens de capital sente agora um aquecimento. O fôlego veio da redução do juro da linha Finame, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para compra de máquinas e caminhões, que caiu de 5,5% para 2,5% ao ano em setembro. O número de pedidos de crédito no Finame subiu em média 30% após a redução da taxa.
O BNDES, que recebia entre 800 e 1.000 pedidos de empréstimos por dia, chegou a registrar 1.500 nos últimos dias, disse o chefe do departamento de financiamento de máquinas e equipamentos do banco, Paulo Sodré. “O aquecimento do setor de caminhões foi imediato. Mas também sentimos uma retomada significativa em máquinas.”
A redução do juro do BNDES foi uma das medidas do governo de estímulo à economia. A taxa de 2,5% ao ano é, na prática, um “juro negativo”, ou seja, abaixo da inflação projetada para os próximos 12 meses – de cerca de 5,5%. A medida foi anunciada no fim de agosto, mas só entrou em vigor após a publicação do decreto, em 20 de setembro. O benefício vale até o fim do ano.
Caminhões
Só na última semana de setembro, o Banco Mercedes-Benz recebeu 800 pedidos de crédito para a compra de caminhões, um número bem acima da média semanal, de 300. “Tivemos de trabalhar no fim de semana para conseguir atender os clientes”, disse o diretor comercial do banco, Angel Martinez.
A demanda por crédito ocorre após uma queda de 23,2% nas vendas de caminhões entre janeiro e setembro, segundo a Anfavea. Muitas montadoras e fornecedores não estavam preparadas para um aquecimento tão rápido e agora correm para recompor o estoque.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Os sinais de desgaste dos freios em caminhões

Motoristas devem estar sempre atentos ao sistema de frenagem dos caminhões, item fundamental para garantir a segurança não apenas de seus ocupantes, mas também daquelas que circulam pela malha viária. “Ao observar o retardamento na frenagem é sinal de que o sistema precisa de reparo”, afirma Osvaldo Peres, chefe de oficina da Tietê Veículos, acrescentando que a demora um pouco maior para frear pode indicar também que as lonas estão afastadas do tambor de freios.
Ruídos revelam que o desgaste dos freios já está em um estágio avançado. “A lona já chegou ao final de sua vida útil e os rebites começam a pegar no tambor de freios”, explica.
Segundo Peres, os sinais de desgaste nos freios são praticamente os mesmos em qualquer modelo de caminhão. “O princípio de funcionamento do sistema de freios é igual nos veículos. Só que no caminhão mais pesado é possível notar mais rápido a deficiência de frenagem, principalmente, se estiver carregado, em alta velocidade ou em uma descida”, comenta o chefe de oficina.
Para ele, o ideal é fazer a manutenção preventiva nos freios, ou seja, revisões periódicas em uma oficina de confiança.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Motoristas encaram o desafio de conciliar os estudos com a vida na boleia

Transformar a boleia numa sala de estudos é possível. O caminhoneiro consegue, mesmo viajando sempre, arrumar um jeito de estudar e seguir se qualificando. A experiência de Roberto Emerson de Pinho, 39 anos, no curso de segurança do trabalho, oferecido por Educação à Distância (EAD) no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense (IFF), mostra que, com dedicação, estudar e tirar o sustento da vida de estradeiro exige apenas vontade.

Natural de Itaperuna, no Rio de Janeiro, e atuando como motorista desde 1991, foram as palestras sobre segurança na empresa que despertaram o interesse do caminhoneiro pelo assunto, tema de debates recorrentes na profissão. Vislumbrando uma possibilidade de crescer na empresa em que trabalhava, ou mesmo em outras do setor, Pinho aventurou-se no curso. "Nas empresas ouvimos falar muito sobre segurança, há muitas palestras e cursos sobre o assunto, e vemos que estamos cercados por colegas sem qualificação. Percebi a necessidade das empresas e me motivei para passar de simples motorista para algo mais", conta.

Dividir a estrada com os livros, contudo, não foi tarefa fácil na vida de Pinho. Trabalhando com transporte rodoviário interestadual, o contato com os perigos das estradas eram diários, como se estivesse visualizando na prática alguns dos aprendizados do curso. "Chegava a estudar nos postos de gasolina, mas o grande problema para nós motoristas é a frequência. A oportunidade de fazer à distancia facilita muito, mas muitas vezes os dias de provas e aulas presenciais não coincidem com os dias em que você está na cidade", explica.

Pinho precisou trancar a matrícula. Um acidente o deixou com algumas sequelas, e ele está longe da direção e dos estudos até se recuperar. Uma greve na universidade também contribuiu, segundo ele. "Com certeza quero voltar, tranquei para não desperdiçar a oportunidade. Minha ideia é deixar a profissão de motorista para trás, para continuar em outro segmento, ou mesmo na área de transporte, mas em algo mais técnico", afirma.

Preparação para o vestibular entre as viagens
Outro exemplo de batalha pela qualificação vem de Balneário Camboriú, em Santa Catarina. O motorista Fábio Júnior Bueno, 29 anos, se prepara para prestar vestibular. "Eu não tinha terminado os estudos, agora fiz o terceirão e estou me preparando para o vestibular", revela. A intenção é conseguir alguma bolsa do governo ou um apoio na empresa onde trabalha.

Bueno ainda não decidiu a área que irá cursar, tem interesse em engenharia civil e arquitetura, mas ainda não tomou uma decisão, quer mesmo é se tornar um exemplo para a filha e outros motoristas. "Perdi muito tempo na vida quando era novo, larguei os estudos para trabalhar e ser independente, achei que o dinheiro era mais importante naquele momento. Hoje vejo o quanto eu perdi, espero evoluir para ter meu próprio negócio no futuro", sonha. 


quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Vacinação em dia garante saúde e imunização aos motoristas

Transitar de um estado a outro, e até para fora do País, requer que os caminhoneiros procurem manter a vacinação sempre em dia. Isso porque a diversidade brasileira exige a proteção contra doenças locais - aquelas que estão erradicadas em algumas regiões e em outras, não. Este cuidado exige dos motoristas que circulam pelo território nacional manter atualizada a caderneta de vacinação também na fase adulta.
A partir de 20 anos, quatro vacinas devem ser tomadas, segundo o Ministério da Saúde, todas para evitar doenças infecciosas e contagiosas. Uma delas é a tríplice viral, que protege contra o sarampo, a caxumba e a rubéola, por meio de dose única. Já a vacina dupla adulto age contra a difteria e o tétano e suas doses devem ser tomadas a cada 10 anos. A vacina contra a febre amarela, por sua vez, deve ser aplicada com a mesma periodicidade. A quarta é a da hepatite B, cuja faixa etária limite é de 29 anos, administrada em três dosagens com intervalos específicos.
Para quem roda pelas fronteiras do país e faz viagens de curta duração, especialmente, é recomendado manter sempre em dia o cartão, afirma o diretor da Associação Brasileira de Medicina do Tráfego, Dirceu Rodrigues Alves. "Esses trabalhadores comem, passam e dormem em locais muito diferentes. A vigília para evitar a contaminação deve ser uma preocupação de quem trafega por inúmeras zonas”, diz.
Com duração de um ano, a vacina antigripal é uma das mais importantes e aconselhada pelos médicos, reforça Alves. Até porque o clima instável do território brasileiro, dividido por estados com diferentes temperaturas e sensações térmicas, propicia o aparecimento de gripes e resfriados. Devido ao alerta causado pelo vírus H1N1 neste ano, os caminhoneiros entraram no grupo prioritário de vacinação de alguns estados e tiveram acesso gratuito à dosagem.
Outra grande preocupação, porém, é quanto às enfermidades endêmicas e que não possuem imunização. Ainda que reduzidas as incidências, os casos de malária infestam a área compreendida como Amazônia Legal - incluindo Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do Maranhão -, onde se concentram 99% das ocorrências no país. A dengue, cuja vacina ainda está em fase de testes, predomina nas regiões nordeste e sudeste. Ambas requerem cuidados como uso de repelente no corpo todo e mosquiteiros e evitar banhar-se em lagoas, igarapés e demais águas paradas.
Em todos os casos de doenças citadas acima, o indicado é não praticar a automedicação quando os sintomas surgirem. A atitude correta é buscar ajuda em postos de saúde ou hospitais e detalhar ao médico quais regiões foram visitadas antes da doença se manifestar.
Cartola - Agência de Conteúdo

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Dicas para dirigir durante a noite


Guiar à noite requer maior concentração e menor velocidade. As luzes dos veículos na direção contrária podem atrapalhar a visão. Leve em conta que trafegar à noite dá mais sono ainda em quem já está cansado. Evite manter os olhos em um ponto fixo. Use as faixas ou os olhos de gato de marcação das pistas como referência. Se não houver nenhum tipo de sinalização ou não conhecer a estrada, mantenha uma distância maior e utilize as luzes traseiras do carro que estiver à sua frente para se guiar. Assim você poderá saber com antecedência o sentido das curvas, por exemplo. O mesmo serve para situações de neblina intensa. Nunca use farol alto quando houver veículos na sua frente ou vindo na direção contrária. O farol de milha, de longo alcance, é bastante útil. Ele produz um facho estreito de luz branca, como a projetada por um spot de teatro, que pode alcançar até 500 metros de distância.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Dica para evitar maus hábitos ao volante


Alguns maus costumes ao volante prejudicam o veículo, exigindo manutenção precoce. Saiba quais são e os evite:

  •  O costume de sempre segurar o automóvel usando a embreagem, numa subida, em vez de usar o freio, faz com que os componentes da embreagem sofram desgaste mais acelerado, podendo provocar mais falhas ou exigir manutenção com mais freqüência.
  •  Virar o volante com o veículo parado força excessivamente os componentes do sistema de direção.
  •  Esperar o motor aquecer é uma prática desnecessária.
  • Andar muito tempo com o combustível na reserva pode prejudicar a bomba de combustível e as válvulas injetoras, em função das impurezas do combustível, depositadas no fundo do tanque.
  • Dirigir com a mão sobre a alavanca do câmbio desgasta as engrenagens.
  •  Manter o pé apoiado na embreagem provoca desgaste prematuro na peça.
  •  Dirigir com o braço para fora do carro provoca lentidão nas reações do motorista, que pode ser punido com multa.
  •  Dirigir com o banco “deitado” também dá lentidão às reações do motorista, e expõe o ocupante ao risco de sofrer “enforcamento” ao escorregar por baixo do cinto, além de facilitar a ocorrência de dores nas costas por má posição.
  •  Usar a luz de neblina desnecessariamente ofusca os motoristas que vêm atrás.


segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Descanso para caminhoneiros continua gerando polêmica

A discussão sobre acidentes de trânsito acaba esbarrando na polêmica lei que regulamenta a jornada de trabalho dos caminhoneiros (12.619/12). “Essa lei foi elaborada por quem não conhece o transporte rodoviário de carga e é impossível de ser cumprida. Com essa lei, o frete vai aumentar em 35% e a economia não irá suportar”, alerta o presidente do Movimento União Brasileira de Caminhoneiros, Nélio Botelho.
A lei, que entrou em vigor em agosto, prevê descanso obrigatório de 30 minutos a cada 4 horas de direção e 11 horas diárias de repouso. Estão previstas multas para quem não cumprir os períodos de descanso.
Entidades do setor, no entanto, argumentam que as rodovias não têm infraestrutura adequada para oferecer locais de descanso em número suficiente e de forma segura.
As rodovias brasileiras estão abandonadas pelo governo, reclama Botelho. “Não há a menor infraestrutura, nenhuma segurança. As medidas anunciadas pelo governo vêm em boa hora, mas acho que vai demorar muito tempo para colocar a situação em ordem.”
Levantamento
Por causa da polêmica gerada pela lei, o Conselho Nacional de Trânsito suspendeu por 180 dias a fiscalização da medida. O superintendente de serviços de transporte de cargas da ANTT, Noboru Ofugi, explica que nesse tempo não serão construídos pontos de descanso, porém será feito um levantamento para saber onde existem esses locais para repouso. “O governo vai identificar as rodovias que têm os pontos de descanso e que poderão ser fiscalizadas.”
“A lei precisa de algumas adequações, mas, de fato, é necessário que se tenha um ponto de descanso. Às vezes, o caminhoneiro pode estar cansado, até mesmo por situações da via, o que pode causar um acidente”, afirma o especialista em trânsito Márcio de Andrade.
Nélio Botelho, contudo, discorda: “O caminhoneiro não é o grande vilão das estradas. Isso é uma injustiça! Ele é um profissional extremamente responsável, pai de família, recebe orientações e cursos profissionalizantes das empresas para quem trabalha. O caminhão é a ferramenta de trabalho dele e ele deve zelar pelo caminhão, não pode estar tomando rebite [droga usada pelos motoristas para ficarem acordados por mais tempo]“. Ele diz que a maior parte dos acidentes é causado por motoristas de carros particulares. “O veículo particular, sim, está associado a álcool e drogas. Se houvesse, neste País, uma estatística para determinar verdadeiramente quais são os acidentes provocados por caminhões, eu garanto que o índice seria muito menor.”
Márcio de Andrade, no entanto, explica que vários fatores geram acidentes: as condições das vias, das placas de sinalização, imprudência, negligência, imperícia, aumento da frota, entre outros. “É necessário investir no transporte público de qualidade para que o condutor se sinta confortável para deixar o veículo em casa e usar o transporte de massa, diminuindo, assim, o número de veículos nas ruas.”
Para o especialista, regras mais rígidas, como prisão para quem dirige embriagado, podem reduzir o número de acidentes. “Além disso, se o governo investisse mais em campanhas educativas e em fiscalização, poderia haver uma redução [no número de acidentes].”