terça-feira, 16 de outubro de 2012

De malas prontas: dicas sobre o que levar durante a viagem

Transitar do norte ao sul do País em questão de dias não é tarefa fácil. Com os distintos climas das regiões brasileiras, os caminhoneiros precisam estar sempre atentos ao que carregar em sua bagagem. "Somos como camaleões, vamos nos adaptando conforme o clima onde estamos", conta o motorista e diretor financeiro do Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários de Carga Líquida do Estado do Paraná (Sintracarp), Evaldo Baron.
O caminhoneiro conta que, geralmente, as mudas de roupa condizem aos dias de viagem. Uma muda composta por camiseta de algodão, calça ou bermuda, uma cueca e um par de meias para cada dia sob a direção. Mais precavidos, alguns não abrem mão de levar uma muda a mais, caso haja algum imprevisto. Um deles é Bernabé Rodrigues Gastão, caminhoneiro e diretor do Sindicato dos Transportadores Rodoviários Anônimos de Bens de São Paulo (Sindicam-SP). "Mesmo querendo chegar logo, é bom que o caminhoneiro esteja sempre preparado para imprevistos", afirma.
Dois cuidados são essenciais na hora de escolha dos tecido para vestir durante o itinerário: leveza e conforto. Muitos optam por bermuda em vez de calça jeans, pois facilita os movimentos e deixa as pernas mais livres na troca de marchas. Nos pés, há muitas opções. Alguns preferem conduzir descalços, ou com sandálias para locais com temperaturas mais elevadas, ou ainda com tênis ou botina, quando a viagem é para o sul do País, região que também pede um bom agasalho a bordo. "Muitos preferem dirigir com os pés livres e calçam chinelos de dedos para descer do veículo, nas paradas", afirma Baron.
O "efeito cebola", assim intitulado pelas camadas de roupa sob roupa, é algo comum em viagens de um estado, com climas diferentes. Ao longo da viagem, vão retirando casacos e coletes para ficar mais à vontade com a elevação da temperatura. Se existe um estilo próprio de se vestir dos caminhoneiros? Gastão acredita que não: "Cada um viaja conforme prefere e se organiza como acha melhor. Os autônomos da profissão quase sempre estão ligados a uma transportadora e, nesse caso, precisam usar o calça e camiseta de uniforme da empresa."
Quando a viagem dura mais de três ou quatro dias, alguns motoristas optam por lavar a roupa íntima no banho. Nos locais de parada, geralmente há chuveiros disponíveis por R$ 5 a R$ 7, que os trabalhadores costumam utilizar. Depois de lavadas, a secagem é feita durante o trajeto, dentro do veículo, com as peças presas nas janelas, onde geralmente pegam sol, ou na parte dianteira. Ou deixam a lavagem para a volta.
Boné e óculos de sol são itens úteis ao entardecer, quando o sol precisa ser encarado de frente. O uso do filtro solar, recomendado para quem passa boa parte do dia sob exposição dos raios solares, é uma prática que muitos abdicam. Por preguiça, por não gostar do produto ou, simplesmente, por esquecimento, aponta Gastão. "Sabemos que é essencial para a saúde da pele, mas a maioria não usa. Alguns por não ter o hábito, outros por não gostar da textura do produtos", diz. Uma nécessaire com remédios para eventuais dores de cabeça ou mal estar a mão é importante, por isso os caminhoneiros não as retiram de suas mochilas.
O que levar na bagagem
Uma muda de roupas completa para cada dia da viagem (uma camiseta, uma bermuda ou calça, um par de meias e uma cueca)
Um casaco leve (para a região sudeste) ou um casaco de tecido mais grosso (quando o destino for o sul do país)
Uma nécessaire com remédios que possam ser necessários durante a viagem (para dor de cabeça, no corpo, gripe e resfriado, mal estar estomacal)
Uma bagagem de mão com produtos de higiene (shampoo, sabonete, creme de barbear, lâminas, desodorante, filtro solar, escova de dentes, pasta de dentes, fio dental e talco, por exemplo)

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